As vertentes sociologistas
O homem sempre teve curiosidade por conhecer a linguagem e suas relações, mas somente no começo do século XX fez dessa curiosidade uma ciência, que tem como objeto a linguagem verbal (oral ou escrita) humana, a qual se expressa por signos, pelos quais o homem se comunica, representa pensamentos, exerce poder, elabora cultura e identidade etc. Mas os signos não são apenas verbais, de modo que há uma ciência dos signos em geral (verbais ou não verbais), a Semiologia - da qual a Lingüística, enquanto ciência dos signos verbais, é parte.
Precursores da Linguística científica são:
a) as gramáticas gerais do século XVII. São racionais, regidas pela lógica e visam uma língua universal e não ambígua. O modelo é a Gramática de Port Royal, de 1690. Sua grande contribuião foi a de pensar a linguagem em sua generalidade, não mais se contentando com a descrição de uma qualquer língua particular;
b) as gramáticas comparadas do século XIX. São históricas, se preocupam com as mudanças e os princípios que as regem. Seu modelo é o Sistema da conjugação da língua sânscrita, comparada ao grego, ao latim, ao persa e ao germânico, de F. Bopp (1816). Pelos parentescos entre várias línguas, descobre-se, por comparação, sua evolução como transformação de uma mesma língua de origem (o indo-europeu, no caso) da qual elas derivariam. Busca-se agora não mais a perfeição, mas a origem.
Como metalinguagem, a linguística tem desenvolvido uma linguagem formal (não a ordinária), diferente da de outras ciências humanas e que chega ao seu maior rigor formal com Chomsky.
O pensamento linguístico tem seguido duas tendências, segundo se considere que a língua se desenvolve de acordo com seus próprios principios ou de acordo com o exterior histórico-social:
a) o formalismo busca o que é único, universal, constante, ou seja, o percurso psíquico da linguagem;
b) o sociologismo busca o múltiplo, diverso e variado, isto é, o persurso social da linguagem.
A ciência