resenha lyra filho
O autor Lyra Filho inicia a obra, partindo do ponto sobre o que não é direito e ele tenta de certa forma ‘’dissolver imagens falsas ou distorcidas, mas que muita gente aceita como retrato fiel’’. Inicialmente, o autor diz que existeuma confusão entre os termos direito e lei, estes são muitas vezes tomados como coisas semelhantes e indissociáveis a começar pela Língua inglesa em que o vocábulo Law nomeia as duas coisas (direito e lei) e isso somado a ‘’achismos e senso-comum contribuem ainda mais para a confusão.
Lyra Filho continua o texto, dizendo que ‘’a lei sempre emana do Estado, mas em última análise está ligada à classe dominante, já que o Estado, como sistema de órgãos que regem a sociedade politicamente organizada, fica sob o controle daqueles que comandam o processo econômico, na qualidade de proprietários dos meios de produção’’.
Com isso, podemos concluir que o direito não é pura e simplesmente a manifestação na forma de leis, ou seja este não pode ser reduzido a pura legalidade, mas o direito está em constante movimento e se adaptando ao longo do tempo com a sociedade, através de transformações incessantes do seu conteúdo e na sua forma de manifestação, ou seja este não é pronto e acabado, mas que é sendo ( contínua transformação e adaptação) ,isso torna difícil uma determinação da essência do direito,porém não impossível.
Ideologias jurídicas Lyra Filho inicia este capítulo, dizendo que a ideologia jurídica é um elemento que se estende desde a antiguidade até os dias de hoje, ao analisar uma amostra de 25 séculos podemos ver que a ‘’essência do Direito vai transparecendo, embora ainda de forma incompleta e distorcida. A ideologia vem a ser, segundo o autor, o conjunto de ideias de uma pessoa ou grupo, a estruturação de opiniões, organizada em determinado padrão, porém o estudo das ideias e de seus conjuntos padronizados começou a destacar as deformações de raciocínio,