As sociedades americanas antes da chegada dos Europeus

Quando se diz nas sociedades ameríndias antes da chegada dos europeus , há um debate sempre pertinente sobre a organização sócio política. Por um lado, temos uma construção sócio política determinista quanto a região habitada; no caso da América do sul, a constante comparação entre terras altas e terras baixas. O autor, Carlos Fausto, levanta o questionamento quanto a construção de sociedades estratificadas e bem hierarquizadas, com estruturas até mesmo imperiais constituídas ao longo dos Andes e costa do Pacífico, sociedades deste tipo, que por tempos supostamente não desenvolvidas nas florestas amazônicas e Brasil central. Fausto avalia essas questões a partir de uma visão continental, avaliando as diferentes formas de organização tribal. O mais influente modelo continental proposto, o de Steward, é apresentado, revelando os 4 modelos de civilizações , hierarquizados segundo o nível de complexidade. Esses modelos relacionam a organização política com a questão ecológica.
O primeiro estrato, os povos marginais, os quais se constituem em grupos étnicos ausentes de uma complexa tecnologia de subsistência ( não explorarem a terra) e carecerem de instituições políticas. Sobreviviam, então, basicamente da coleta e caça, vivendo em pequenos bandos nômades. Acima destes, as tribos da floresta, que conviveriam em um número maior de indivíduos graças ao desenvolvimento de uma agricultura de queima e coivara. Porém, ainda careciam de instituições políticas. Na região circuncaribenha e nos Andes setentrional apareceria outro tipo de formação, estas, construiram uma formação social em classes entorno de uma centralização política e religioso. Havia uma estratificação social e intensificação econômica. Isto implica numa reorganização social baseada além dos laços sanguíneos e ao suposto caráter igualitário da floresta. Nestes, surgia o aparecimento de chefes supremos, sacerdotes, templos e ídolos. No ápice do desenvolvimento organizacional, estarias as sociedades dos