Independencia da america latina
Antes de começar a ler esta nota de aula, pegue seu geoatlas e abra na página que mostra o continente americano. Quando falamos em América Latina, rapidamente nos lembramos de um mapa que mostra toda a área que vai do México ao sul do Chile e da Argentina. Assim, quando falamos em América Latina, rapidamente nos lembramos que este nome é utilizado para identificar e caracterizar a maior parte do continente americano. E o mais curioso: temos a ideia de que a “América Latina” sempre existiu, que o seu traçado nunca foi alterado e de que os povos e sociedades que aqui habitavam, sempre foram chamados de “americanos”. O que não é verdade. O que hoje chamamos de América Latina nem sempre existiu com esse nome. Os povos que habitavam esse espaço nem sempre se chamavam de “americanos”, muito menos de “índios”. Nem mesmo a ideia de um vasto continente (a América) existia. Algumas partes do que hoje chamamos América Latina já foram chamadas de Abya-Yala, Tawantinsuyu e Anahuac, enquanto os povos se chamavam de Mapuches, Krenak, Quéchua, Inca, Asteca, Maia, Aimara, etc. Cada sociedade tinha sua própria maneira de nomear o espaço em que vivia e chamava a si por um nome próprio e não por “indígena” ou “americano”. As ideias de “América Latina”, “indígenas” e “americanos” só passam a existir após o início do processo de colonização européia no continente. É importante lembrar que a história do que hoje chamamos de América não começou após a colonização. Antes da chegada dos europeus, o atual continente americano era habitado por diversas sociedades muito diferentes entre si, caracterizando uma grande diversidade cultural. Sociedades diferentes, com culturas, organizações econômicas e políticas diferentes e com graus diferentes de desenvolvimento tecnológico (Incas, Astecas e Maias, por exemplo, tinham conhecimentos avançados em arquitetura, astronomia, matemática e no trabalho com metais). A ideia de América Latina