As Palavras
Cristiano Costa, n.º 8, T.ª 9.º1
Escola Básica e Secundária da Calheta
Eugénio de Andrade (José
Fontinhas Rato)
1923 – 2005
Nome Verdadeiro: José Fontinhas Rato
Local e data de nascimento: 19 de Janeiro de 1923, em
Póvoa de Atalaia, na Beira Baixa.
Estudou em Lisboa, onde viveu com a mãe, e em 1943 matriculou-se no curso de filosofia, em Coimbra.
Foi residir para o Porto onde trabalhou como Inspetor
Administrativo do Ministério da Saúde.
Em 1942, lança o seu primeiro livro de poesia:
“Adolescente”.
Em 1944 fazem-se as primeiras traduções de poemas seus para francês e, em 1945, a Livraria Francesa publica o seu livro “Pureza”.
É com o livro “As mãos e os frutos”, em 1948, que Eugénio de Andrade alcança o sucesso.
As palavras
São como um cristal, as palavras.
Algumas, um punhal, um incêndio.
Outras,
orvalho apenas.
Secretas vêm, cheias de memória.
Inseguras navegam: barcos ou beijos, as águas estremecem.
As palavras
Desamparadas, inocentes, leves. Tecidas são de luz e são a noite.
E mesmo pálidas verdes paraísos lembram ainda. Quem as escuta? Quem as recolhe, assim, cruéis, desfeitas, nas suas conchas puras?
As palavras O poema divide-se em duas análise partes:
•1.ª
Parte:
três primeiras estrofes, onde o sujeito poético descreve as palavras;
•2.ª Parte: última estrofe, onde o sujeito poético interroga os leitores acerca das palavras.
As palavras Na primeira parte o sujeito análise poético diz que:
As palavras são Como um cristal (comparaçã
o)
Várias faces/sentid os
Um punhal Um incêndio (metáfora)
(metáfora)
Sofrimento, dor , morte
Destruição
Orvalho
(metáfora)
Esperança, suavidade Caracteriza-as dizendo que…
(2.ª e 3.ª estrofes)
Secretas
vêm
Elas atravessam os tempos e trazem consigo as histórias e segredos dos homens (um saber muito antigo).
Inseguras navegam Tal como os “barcos” que agitam as águas , causando-nos insegurança, também nos fazem estremecer tal como os “beijos”
São desamparad as inocentes leves