As nações e o nacionalismo
Democracia, economia capitalista, globalização, guerra fria, nacionalismo, terrorismo.
A composição das Nações Unidas aumentou em 33 países desde 1988. Esse período viu também o aumento dos chamados “Estados falidos”, onde ocorre o virtual colapso da efetividade dos governos centrais, ou uma situação endêmica (com caráter) de conflito armado interno, em diversos Estados independentes, especialmente na África e região dos Estados ex-comunistas. Essa instabilidade é acentuada pelo declínio do monopólio da força armada, que já não esta nas mãos do governo. A Guerra Fria deixou em todo o mundo um enorme suprimento de armas pequenas e potentes, e outros instrumentos de destruição para uso não governamental, que podem ser facilmente adquiridos com recursos financeiros disponíveis no gigantesco e incontrolável setor ilegal da economia capitalista mundial.
Durante a Guerra Fria, o duopólio das superpotências havia mantido, como regra, a integridade das fronteiras nacionais contra ameaças internas e externas. Amplas áreas do mundo viram-se, portanto, revertidas a uma situação em que, por várias razões ou pretextos, países efetivamente fortes e estáveis intervêm pela força das armas em regiões que já não estão devidamente protegidas. A globalização das migrações internacionais em massa, sobretudo, como é normal, das economias pobres para as ricas, não impuseram limite.
Graças à revolução tecnológica no custo e na velocidade dos transportes e comunicações, os emigrantes de longo prazo do século XXI já não estão efetivamente separados das suas comunidades de origem, como antes estavam, a não ser por cartas e visitas ocasionais. Prósperos emigrantes hoje circulam entre suas casas, ou trabalhos, no país antigo e no novo.
A xenofobia não é nova, porém sua escala e implicações foram subestimadas. Na Europa, berços históricos das nações e do nacionalismo, e nos EUA, em menor grau, formaram-se grande parte da imigração em massa. A