o nacionalismo importa
O nacionalismo importa – Craig Calhoun
O nacionalismo se apresenta como algo não natural e sim como fruto de um processo social, ou seja, como uma questão, também, politica. Pode-se entender o nacionalismo como um discurso formulador da sociedade. De acordo com o autor não existe um denominador comum, que defina com precisão o conjunto de nacionalismos. Ele Entende o nacionalismo como um processo plural e não homogêneo. O que se aprende com a leitura é que o estudo sobre o nacionalismo não deve ser deixado de lado, visto que o mesmo é uma formação discursiva que dá forma ao mundo moderno. Antes mesmo de existirem as nações o que há de fato são as culturas, as particularidades, as tradições e ao sentimento de solidariedade de determinados indivíduos pertencentes ao mesmo lugar.
Para Galhoun “as nações não existem realmente antes de existirem em termos discursivos”, o nacionalismo traduz as formas elementares da cultura de cada um. No mundo moderno o nacionalismo passa a ser interpretado a partir de novos elementos, não somente as tradições étnicas, mas também o elemento cultural.
As importações de perspectivas analíticas europeias e a forma de adequação de modelos do velho mundo ao novo mundo limitam e marginalizam características das novas nações, ou seja prejudicam o entendimento do próprio nacionalismo. O autor aponta três consideráveis equívocos no modelo de nacionalismo europeu, o que contribui para deslanchar teorias mais gerais sobre o nacionalismo. As nações seriam iguais em termos relativos; essa falta de especificidade de cada nação, gera uma ideia de equivalência e uma doutrina fortemente influenciada pelo individualismo. Na realidade essa comparação e homogeneização não permite mostrar as diferentes realidades de cada nação.
Outro equívoco cometido pelo modelo europeu é o de a nação e o império