Nações e nacionalismo desde 1870 (eric j. hobsbawm) - resenha
981 palavras
4 páginas
A leitura de "Nações e nacionalismo" pode, a princípio, causar certa estranheza, pois trata-se de uma obra de sistematização, Hobsbawm concentrou em seu livro o conteúdo proferido em quatro Conferências de Wiles que aconteceram na "Universidade de Queen, em Belfast, em maio de 1985". Ele faz uma discussão sobre a questão nacional que segundo suas palavras "é, notoriamente, um tema controverso" (pág. 10). E ele não procurou fazê-lo menos controverso. O autor organizou seu livro em cinco capítulos, nos três primeiros destaca conceitos sobre nação, fazendo uma abordagem deste em vários países e entre vários autores, que ele utiliza como fonte, que produziram discursos na época como Walter Bagehot, John Stuart Mill e Erneste Renan. Segue discorrendo sobre o conceito de protonacionalismo popular, dando importância ao fato de como homens e mulheres comuns sentiam-se a respeito da nacionalidade, e por fim como o Estado administrativo moderno ajudou a patrocinar a emergência do nacionalismo. Nos outros três capítulos, expõe as transformações do conceito, chegando ao apogeu em 1918-1950 e por fim um balanço do nacionalismo no final do século XX. Em sua bibliografia e autores de época que ele utiliza, faz uma crítica a autores que fizeram um estudo acadêmico do nacionalismo, após a Primeira Guerra, como Carleton B. Hayes e Hans, pois estariam perneados da atração de escrever sobre o assunto no momento de redesenhamento da Europa. Na introdução, Hobsbawm, seleciona uma lista de autores e obras que considera fundamental para a introdução sobre o tema, cita os trabalhos de Hroch, Benedict Anderson, A. D. Smith entre outros, todos concentrando-se na pergunta: "O que é uma nação?" (pág. 14). Tendo como ponto de partida a abordagem que concede atenção particular as transformações do conceito, o autor delimita sua posição. Utiliza o terno nacionalismo como fundamental para o sustento da unidade política e nacional; a nação não vem antes do Estado e do nacionalismo, estes é