AS MUITAS FACETA DA ALFABETIZAÇÃO

Segundo o texto, até a década de 1980, de cada mil alunos que entravam na primeira série, menos de 50% concluíam sabendo ler e escrever. Inicialmente, buscou-se entender o motivo de tal fracasso de forma isolada, olhando ora para o aluno, ora para o professor, ora para o código escrito e outras perspectivas. Porém, para que haja uma real colaboração é necessário que esses enfoques se articulem em uma teoria coerente. Sendo assim, o texto traz as principais facetas do processo de alfabetização apresentados sob três categorias, sendo elas: o conceito de alfabetização, a natureza do processo de alfabetização e os condicionantes do processo de alfabetização. No conceito de alfabetização, o termo não ultrapassa o significado de “levar à aquisição do alfabeto”, sendo, portanto, o processo de aquisição do código escrito, das habilidades de leitura e escrita observadas em seus dois significados, ou seja, no domínio da mecânica da língua escrita e na apreensão e compreensão de significados expressos em língua escrita ou por meio da língua escrita. Porém esses dois conceitos são parcialmente verdadeiros já que o conceito de alfabetização depende ainda de características culturais, econômicas e tecnológicas. Observa-se então, que processo de alfabetização possui uma natureza complexa, multifacetada e por tal motivo esse processo tem sido estudado por diferentes profissionais e as facetas referem-se, fundamentalmente, às perspectivas psicológica, psicolingüística, sociolingüística e a lingüística do processo. A primeira perspectiva é a predominante entre os estudos e pesquisas, é na perspectiva psicológica que estuda-se os processos psicológicos necessários como pré-requisitos para a alfabetização. No início, essa perspectiva era dominada pelas relações entre inteligência e alfabetização e entre aspectos fisiológicos e neurológicos e os aspectos psicológicos da alfabetização, atualmente, porém, o foco voltou-se para as abordagens cognitivas que muitas vezes são confundidos