Resenha crítica - letramento e alfabetização: as muitas facetas.
O artigo: “Letramento e alfabetização: as muitas facetas” da autora Magda Soares1 relata vários dados que reforça sua pesquisa sobre os temas citados anteriormente entre elas podemos mencionar dados da UNESCO, que ao final dos anos 70, propôs uma ampliação da interpretação conceitual da palavra literate (saber ler e escrever) para functionally literate (alfabetização funcional) e sugeriu: “que as avaliações internacionais sobre o domínio de competência de leitura e escrita, fossem além do medir apenas a capacidade de saber ler e escrever", reforça-se a necessidade de reconhecer e nomear práticas sociais de leitura e escrita do que simplesmente as praticas do ler e escrever.
Outro dado apresentado foi sobre os Censos Demográficos do Brasil, por volta dos anos 40, que consideravam alfabetizado o individuo que saber ler e escrever o próprio nome e a partir deste fato foram divulgado dados estatísticos apontando baixos índices de alfabetização concluindo–se que na verdade o que se estava constatando era, na sua grande maioria, analfabetos funcionais. Estes dados foram relatados pela autora como meio de alertar a realidade a qual estamos inseridos e questionar: ser alfabetizado é ser letrado? Sendo assim primeiramente devem – se conceituar e diferenciar os termos alfabetização e letramento que consequentemente é de suma importância para estabelecer estudos e pesquisas.
O termo alfabetizar consiste na técnica de aquisição da língua (oral e escrita) cujo processo depende de um prazo para seu aprendizado, no que consiste ao termo letramento é o desenvolvimento da linguagem e a compreensão de sua função social, cujo processo é contínuo e aprimorado através das práticas vivenciadas como a própria autora exemplifica seja no ato de escrever cartas, bilhetes, ler histórias, contos, receitas, bulas de remédios, correspondências e as inúmeras práticas sociáveis que o aprendizado da leitura e da escrita oferecesse. A invenção deste termo letramento