As implicações de uma perspectiva tradicional no ensino de língua portuguesa na formação dos alunos
Laís Rafael dos Santos (LETRAS/PIBID/CAPES/UFAL)
Ao longo dos anos estudos lingüísticos que viabilizam o ensino da língua materna e propicia reflexões acerca do trabalho realizado em sala de aula, no que tange ao ensino-aprendizagem da gramática, tem gerado grandes e importantes discussões. No entanto, apesar das muitas discussões, dos muitos trabalhos desenvolvidos, a questão central para os professores continua sendo “ensinar ou não a gramática?” e “como fazê-lo?”, resumindo-se assim, em alguns aspectos, a uma prática pedagógica do estudo da palavra, de frases isoladas, de definições e classificações. Percebemos então que há um conflito quanto ao que ensinar em sala de aula e em como fazer para não cair na tradição da gramática puramente normativa. Havendo também outro grande conflito entre aqueles que afirmam que não se deve ensinar gramática, os que procuram introduzir conhecimentos gramaticais, tendo o texto como pretexto e aqueles que procuram trabalhar a gramática a partir de uma visão interacionista.
Por muito tempo, o ensino da gramática esteve vinculado à concepção de linguagem enquanto instrumento de comunicação ou expressão do pensamento através de atividades que contemplam apenas o ensino dos aspectos morfológicos, sintáticos, lexicais e semânticos da língua, em outras palavras, de forma mecânica e passiva, os alunos, que são caracterizados meramente como receptores de conteúdos, são levados a memorizar e reproduzir estes contéudos em avaliações posteriores unicamente para obtenção de notas. Nesse sentido, Campos (2008) afirma que:
Dito isto, uma exposição das concepções de linguagem e gramática, será feita nessa primeira parte da pesquisa.
1. Concepções de Linguagem
Teóricos afirmam que há três formas de compreender a linguagem: a linguagem como expressão do pensamento, linguagem como instrumento de comunicação e linguagem