As ideias de Ford que ainda valem
150 anos após ele nascer
Henry Ford não pode ser reduzido apenas à linha de produção; para criar uma das maiores montadoras do mundo, o empresário apoiou-se em ideias que guiam negócios até hoje
Luísa Melo, de
Divulgação/Ford
Henry Ford: ícone do capitalismo também ensina sobre investimento em retenção e até seleção de talentos
São Paulo - Se estivesse vivo, Henry Ford completaria 150 anos nesta semana. Além de ser o fundador de uma das maiores montadoras do mundo, Ford aprimorou a linha de produção, em que a montagem de um produto é desdobrada em etapas simples, executadas por funcionários
alinhados ao longo de uma esteira. Embora não tenha inventado o método, suas melhorias foram tantas, que o termo “fordismo” ficou para sempre ligado à produção sem série.
O modelo é cada vez mais criticado por gurus da administração, que o acusam, entre outras coisas, de só enfatizar a produção em larga escala e se esquecer do bem-estar dos funcionários.
Apesar disso, não se entra para a história do capitalismo mundial de graça. Ford foi pioneiro também em outras práticas de gestão que ainda podem ajudar qualquer empresa do século XXI. Veja, a seguir, algumas destacadas por especialistas consultados por EXAME.com.
Investimento em retenção
No início de suas atividades, a empresa de Henry Ford tinha uma rotatividade de funcionários extremamente alta. Para conter esse movimento, ele reduziu a carga horária de trabalho e passou a pagar a seus empregados 5 dólares por dia, o dobro do que era oferecido no mercado na época, segundo o professor de gestão de operações do
Insper, André Duarte. “Ford identificou que um alto ‘turnover’ significa um alto custo para a empresa e que controlar a saída reduz esse custo e aumenta a produtividade”, destaca.
Investimento em seleção de talentos
Qual é a empresa que não faz ao menos um processo de seleção e uma análise de perfil antes de contratar um colaborador? Ford