AS DESIGUALDADES RACIAIS
Mesmo que com o desenvolvimento econômico tenha diminuído o grau das desigualdades raciais perante a hierarquia social, não ocorreram mudanças para os grupos raciais. A exemplo disso se tem as taxas de alfabetização, quem em 1950 contava com 24,8% de pessoas brancas que com 10 anos ou mais já tinham concluído algum nível de instrução, 6,3% para os mulatos e 5,7% para os negros. Sendo 22% de brancos e 14% de não brancos trabalhavam em indústria e comércio.
Com o passar do tempo foi-se buscando várias explicações para a concentração de negros e mulatos na base do nosso sistema, no texto é citado à diferença no ponto de partida. Tendo em várias leituras que falam sobre a abolição da escravidão em 1888, o mau ajustamento social e econômico daquela população, enfatizando sempre o despreparo do ex-escravo tanto como homem livre, como na esfera do trabalho. Sendo assim, culpa desse ponto de partida do ex-escravo as atuais desigualdades raciais e também do processo inacabado de mobilidade social dos grupos negros e mulatos que emergiram da condição servil há poucas décadas.
Porem, mesmo essa sendo uma explicação para alguns dos aspectos da situação deve-se levantar algumas objeções: 1ª o modelo de escravo convertido a homem livre em 1888 que foi usado para explicar a situação social do grupo não-branco após a abolição nesses textos, não leva em conta que uma grande maioria dessa população já tinha uma experiência prévia de liberdade. Sabendo que desde 1850 o número da população declinou aceleradamente até 1887, e esses escravos que foram liberados antes de 1888 deveriam ser levados em conta junto com a (significativamente) pequena parcela que foi liberada – sendo esse seguimento da população ( escravos livres antes de 1888) de grande importância no peso demográfico da sociedade colonial.; 2ª essa explicação não leva em conta a diferença entre a experiência histórica dos grupos não-brancos e dos imigrantes