Politica de Preço Mínimo
A Associação de Produtores de Milho e Soja de Mato Grosso (Aprosoja/MT) vai propor uma reanálise, junto ao Ministério da Agricultura, do valor estipulado como preço mínimo para o milho 2014, uma vez que os valores estão defasados em relação à evolução dos custos de produção. Conforme a Associação, considerando o reajuste para a saca do cereal no próximo ano, o preço mínimo equivale a menos de 83% do custo estimado para cada saca.
No início de agosto, o Conselho Monetário Nacional (CMN) anunciou reajuste de 3,8% ao preço mínimo, correspondendo a uma alta de R$ 0,50/sc.
O argumento da entidade é o de que o novo valor não cobre os custos de produção e sendo assim, o preço mínimo não cumpre sua função que é de assegurar o equilíbrio financeiro do produtor. O pedido está embasado no estudo dos números e da projeção para o ciclo 2013/2014. "Esses valores não atendem a necessidade do produtor mato-grossense. De um lado, teremos que investir R$ 16,39 por saca para produzir milho na próxima safra, e por outro teremos um preço mínimo de R$ 13,52 por saca, já com o reajuste", aponta o presidente, Carlos Favaro.
Ele acrescenta ainda que se o produtor mato-grossense vendesse toda a produção ao preço mínimo estabelecido, teria prejuízo, considerando os custos variáveis, àqueles considerados extremamente necessários, como insumos, operações agrícolas, beneficiamento e armazenagem.
Outro ponto que indigna a Aprosoja/MT é a situação dos municípios mato-grossenses que fazem fronteira com Goiás, que tem preço mínimo de R$ 13,52. "Enquanto seus vizinhos, como os municípios goianos ou sul-mato-grossenses, já têm garantido o patamar mínimo de R$ 17,67 por saca, quando o valor necessário seria de R$ 13,73 para Goiás e R$ 17,36 para Mato Grosso do Sul", completa.
Segundo metodologia da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), utilizada para calcular o preço mínimo, seria necessário que o preço mínimo