As culturas da infância nas encruzilhadas da 2ª Modernidade
NAS ENCRUZILHADAS DA 2ª MODERNIDADE
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Os tempos contemporâneos incluem, nas diferentes mudanças sociais que os caracterizam, a reinstitucionalização da infância. As ideias e representações sociais sobre as crianças, bem como as suas condições de existência, estão a sofrer transformações significativas, em homologia com as mudanças que ocorrem na estruturação do espaço-tempo das vidas quotidianas, na estrutura familiar, na escola, nos PDVVPHGLD, e no espaço público. Contrariamente à proclamada “morte da infância”, o que a contemporaneidade tem aportado é a pluralização dos modos de ser criança, a heterogeneização da infância enquanto categoria social geracional e o investimento das crianças com novos papeis e estatutos sociais.
O processo de reinstitucionalização da infância exprime-se e revela-se nos planos estrutural e simbólico. Deste modo, as culturas da infância são também objecto de pluralização e de diferenciação. No entanto, os traços distintivos das culturas da infância permanecem na sua gramática própria. A análise da morfologia, da sintaxe e da semântica das culturas da infância na 2º modernidade constitui um objecto central na compreensão das mudanças estruturais contemporâneas. Conhecer as “nossas” crianças é decisivo para a revelação da sociedade, como um todo, nas suas contradições e complexidade.
Mas é também a condição necessária para a construção de políticas integradas para a infância, capazes de reforçar e garantir os direitos das crianças e a sua inserção plena na cidadania activa.
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