As consequencias da modernidade
Capítulo I – Introdução
Modernidade refere-se ao estilo de vida ou organização social que emergiu na Europa a partir do século XVII e que se tornando mundial em sua influência. Mas, esse conceito é restrito no tempo e no espaço. No final do século XX, aponta-se para um novo sistema social no qual os desafios vão para além da modernidade, a pós-modernidade, que se caracteriza pela pluralidade do conhecimento, sem a primazia da ciência. No entanto, antes de se criar novos termos, é prudente fazer uma análise da natureza da modernidade, a qual tem sido pouco abrangida pelas ciências sociais.
A análise de Giddens tem seu ponto de origem na interpretação "descontinuísta" do desenvolvimento social moderno. Os modos de vida da modernidade não têm precedentes, as rápidas mudanças nos últimos séculos são de forte impacto. A narrativa evolucionária ajuda a elucidar a tarefa de analisar a modernidade e muda o foco de parte do debate pós-moderno. As características das descontinuidades que levaram a modernidade são ritmo de mudança, escopo da mudança e natureza intrínseca das instituições modernas.
No debate da modernidade, as contraposições da segurança versus perigo e da confiança versus risco é um fenômeno de dois gumes. Se, por um lado, a segurança na modernidade é maior que no período anterior, por outro, foi uma era turbulenta que gerou trabalho industrial moderno, totalitarismo e desenvolveu o poder militar. Há três concepções que inibem uma análise satisfatória das instituições modernas: diagnóstico institucional da modernidade (o capitalismo para Marx, posição critica por Durkheim e Weber), a análise da “sociedade” e as conexões entre conhecimento sociológico e as características da modernidade. A compreensão da modernidade deve contemplar seu extremo dinamismo, caráter globalizante das instituições modernas e compreender as descontinuidades das culturas