As consequencias da modernidade
GIDDENS, Anthony.
As conseqüências da modernidade.
Tradução de Raul Fiker. SãoPaulo: Unesp, 1991.
REALIZADORA:
Carolina Medeiros Bahia.
I. INTRODUÇÃO.
Na introdução, Giddens destaca que realizará durante a obra uma analise institucional damodernidade com ênfases cultural e epistemológica, afastando-se da maior parte das abordagensnormalmente realizadas (p.11). Tenta, de antemão, definir o que seria modernidade, afirmando que: “modernidade refere-se a estilo, costume de vida ou organização social que emergiram naEuropa a partir do século XVII e que ulteriormente se tornaram mais ou menos mundiais em sua influencia” (p. 11).Estaríamos, assim, no limiar de uma nova época. Alguns autores destacam a emergênciade um novo sistema social, mas a maioria chama a atenção para um estado de coisas que está chegando ao fim.Neste sentido, para Jean-François Lyotard, a pós-modernidade representa “umdeslocamento das tentativas de fundamentar a epistemologia, e da fé no progresso planejadohumanamente” (p. 12). Ela seria caracterizada pelo desaparecimento da grande narrativa, atravésda qual somos inseridos na historia como seres tendo um passado definitivo e um futuropredizível.A sensação de que vivemos diante de um universo de fatos que não podem serinteiramente compreendidos e que estão fora do nosso controle gera a idéia de que não se podeobter um conhecimento sistemático sobre a organização social (p.12). Para analisar o fenômeno,não basta inventar novos termos, deve-se olhar novamente para a natureza própria damodernidade.Para tanto, Giddens desenvolve suas concepções em torno do que ele chama de umainterpretação descontinuísta do desenvolvimento social moderno, que compreende que asinstituições sociais modernas são, em alguns aspectos, diferentes de outros tipos da ordemtradicional (p.13).
AS DESCONTINUIDADES DA MODERNIDADE.
Segundo Giddens, os modos de vida produzidos pela modernidade nos afastam de todosos tipos tradicionais da ordem social de uma