Artista capixaba

ANDRÉ MAGNAGO O Capixaba, André Magnago Alves nasceu em junho de 1985, em Vitória. É estudante do curso de graduação de Artes Plásticas da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), onde participa ativamente do laboratório de gravura. Entre 2006 e 2010, participou de sete exposições coletivas, sendo cinco no Espírito Santo, e duas na Argentina, recebendo também uma premiação em 2010.
O que retratam as gravuras de "Resistência e Permanência"? André: "Minhas gravuras apresentam figurações que transitam entre o identificável e o abstrato: ora se assemelham a aparência externa das coisas do mundo real, ora pretendem dar conta de outros assuntos. Crio sugestões, arquétipos de seres e objetos, sem a preocupação de representar personagens ou modelos, existentes ou inventados. Como realizo os trabalhos sem a intenção de retratar algo, vou decidindo durante o esforço da confecção o que é mais válido evidenciar. Muito me atraem as ambiguidades, linhas e soluções gráficas". Como você concebeu a exposição? "Apresento na exposição três etapas: o desenho sobre papel, no qual muitas vezes nascem as ideias que vão para a gravura; a matriz entalhada, em que se aplica a tinta a ser transferida na impressão; e a gravura emoldurada, estágio final do trabalho do gravurista". Esse trabalho tem influência de algum artista? "Sim, de vários artistas. Quando iniciei na gravura, observar as obras dos expressionistas alemães foi determinante no tipo de atitude que eu passaria a ter diante dos materiais de trabalho. Mais recentemente, me interessei pela investigação da importância da figura de Oswaldo Goeldi (1995-1961) para a arte brasileira".A que o público deve estar atento ao visitar a exposição? "A gravura é um processo de impressão complexo e muito laborioso que até hoje continua sendo utilizado, mesmo com toda a praticidade oferecida pelo uso de computadores e impressoras de última geração. O porquê disso é um questionamento válido para quem vai a uma exposição de gravuras