Um Olhar Sobre o Olhar dos atores sociais da Grande Vitória
Filipe Bragio Konieczna1
Julia Silva de Castro2
RESUMO
O propósito deste artigo é verificar através do trabalho etnográfico, se existe uma relação entre as subjetivações dos atores sociais sobre determinados grupos e espaços, e as consequências de dinâmica social que os mesmos podem provocar sob estes grupos e espaços urbanos.
Palavras-chave: olhares; subjetivações; dinâmica social; heavy metal; samba.
INTRODUÇÃO
Nosso objeto de estudo no presente artigo foram dois grupos relacionados à cena cultural/musical capixaba, são eles: a comunidade heavy metal no Espírito Santo e o grupo de samba Regional da Nair e seus respectivos espaços urbanos.
Escolhemos estes dois grupos, pois eles parecem ilustrar bem o que pretendemos demostrar neste artigo. Temos casos recentes que envolvem ambos: em um, a desvalorização de alguns espaços frequentados pela comunidade heavy metal capixaba e o conflito entre as pessoas que moram perto destes espaços. Em contrapartida, temos a valorização dos espaços frequentados pelo grupo Regional da Nair, aparentemente por conta do “bom olhar” sob este grupo. Cremos que por conta de suas características musicais/culturais eles expressão/provocam aos olhos dos atores, o “melhor e o pior” destas interações com os atores e os espaços.
Pensando sobre as contribuições de James Holston em “Espaços de Cidadania Insurgente”, onde o autor trata desta questão das dinâmicas sociais entre os atores sociais como parte integrante para a manutenção das cidades e a etnografia como forma para compreender isto.
“Se minha conclusão estiver correta, então o problema que Van Eyk coloca é mais antropológico do que morfológico. Ou seja, é uma questão de aprender a interpretar o que agora lhe parece totalmente desmilitarizado: a própria sociedade, ou melhor, aspectos do social que indicam seu dinamismo” (HOLSTON, James, p. 244)
Tentaremos usar os casos destes dois grupos para