Artigo sobre a política de cotas
Sabemos perfeitamente que em um país com inúmeras desigualdades é necessário que se promovam políticas de inclusão. Entretanto, o preconceito falou mais alto e fez com que o Estado criasse esse sistema de cotas
Essa lei que propõe uma porcentagem das vagas nas universidade, se origina da ideia de reduzir a desigualdade, promover a diversidade racial e combater a exclusão, porém, as pessoas não param para pensar que essa é a forma mais estúpida de fazer com que a desigualdade seja excluída e isso só ressalta o quanto somos preconceituosos e o quanto a culpa bate na nossa consciência.
A ideia de cotas reforça dois conceitos nefastos: de que os negros são menos capazes e de que a escola pública é péssima e não tem salvação. A batalha dos alunos começa quando, ao se sair bem no vestibular, são rejeitados em favor dos que saíram menos bem (nem sempre) mas são afro-descendentes ou vêm de escola pública. Humilhante, não é? Para o sistema de cotas não, eles simplesmente ignoram os brancos pobres e até mesmo os remediados que não têm a menor condição de bancar uma universidade para seus filhos.
Sabemos que está meio manjado, mas, ao invés de cotas raciais em universidades, por que não destinar mais verbas para escolas públicas? Não precisaríamos desse sistema, até porque a desigualdade brasileira é baseada principalmente em status social e não em tonalidade da pele.
O estado deveria oferecer boas e justas oportunidades a todos, no geral e não em particular. Somos obrigados a conviver com essa discriminação. E os beneficiados? Esses são inocentes ou apenas fecham os olhos para não ver o quão ridícula é essa situação, e fazem proveito de uma lei tão discriminatória quanto os senhores das fazendas de séculos atrás.
Bem, entretanto lamento muito essa trapalhada da sociedade, lamento por ver que os brasileiros aceitam isso como algo extraordinário, lamento pelos beneficiados que aproveitam desse erro e lamento também por