Artigo sobre avaliação nutricional de pacientes com transtorno mental
Perfil nutricional de indivíduos com transtorno mental, usuários do Serviço
Residencial Terapêutico, do município de Alfenas – MG
Priscila Cristina de Oliveira GARCIA1
Juliana Cristina MOREIRA1
Marcos Coelho BISSOLI2
Tania Mara Rodrigues SIMÕES2*
1
Discente, Curso de Nutrição, Faculdade de Nutrição, Universidade Federal de Alfenas (UNIFAL-MG).
E-mail: priscila_cog@hotmail.com; julianac_moreira@hotmail.com.
2
Mestre, docente da Faculdade de Nutrição, UNIFAL-MG. E-mail: mbissoli@gmail.com,
tania.simoes@unifal-mg.edu.br, taniamararsimoes@gmail.com* .
*
Autor para correspondência:
Faculdade de Nutrição
Universidade Federal de Alfenas
Rua Gabriel Monteiro da Silva, 700 - Centro
37130-000 – Alfenas - MG - Brasil
RESUMO
Esquizofrenia é um transtorno mental grave e complexo que afeta 1% da população mundial. Sua etiologia está longe de ser elucidada e seu tratamento envolve o uso de fármacos antipsicóticos, o qual pode contribuir para o ganho de peso. Pacientes com esquizofrenia têm maior risco de obesidade, complicações metabólicas e cardiovasculares, em comparação à população em geral. Este estudo teve como objetivo avaliar o estado nutricional de indivíduos com transtorno mental, usuários do Serviço Residencial Terapêutico de Alfenas –
MG. Foram coletados dados sociodemográficos, clínicos e antropométricos dos indivíduos (n=49), nas sete
Residências Terapêuticas do município. Aferiram-se peso atual, estatura e circunferência da cintura (CC).
Dentre os usuários, 29% eram do gênero feminino e 71%, do masculino. A idade média foi de 50,10 ± 11,09 anos. A média ponderal foi de 72,00 ± 15,85 kg. O índice de massa corporal (IMC) médio foi de 27,20 ±
5,81 kg/m². Pela classificação do IMC, 14% dos usuários apresentavam magreza, 25% eutrofia e 61% excesso de peso. Todas as mulheres apresentaram CC acima do recomendado e entre os homens, 59% se encontravam na mesma situação, indicando presença de obesidade central em