Artigo Sindrome de Bornout
SINDROME DE BURNOUT E ESTRESSE
Wilmar Rodrigues da Silva
INTRODUÇAO
Vivemos em uma sociedade capitalista, marcada podemos assim dizer por acumulação flexível, onde contempla-se a revolução dos mais variados conceitos de tempo e distancia, da comunicação, da produção e até mesmo dos nossos modos de sobrevivência, especialmente com a expansão da informática, da microeletrônica, teleprocessamento de informações no mundo do trabalho. Tudo isso provoca uma reestruturação produtiva, a atual crise de acumulação do capital mundial, sendo esta uma realidade adotada em muitos países inclusive no Brasil.
O que dizer então das mudanças tecnológicas, marcante no processo produtivo, possibilitando às empresas o aumento da produção e seguramente dos lucros e trazendo muitos impactos também à saúde dos mais variados profissionais que se encontram a disposição das organizações, atingindo tanto o físico como o psíquico. Deu-se origem a novas enfermidade relacionadas às mudanças que o mundo do trabalho moderno proporciona, sendo apontado nas últimas décadas. Conforme documento da Comissão das Comunidades Europeias:
“[...] enfermidades consideradas emergentes, como o estresse, a depressão ou a ansiedade, assim como a violência no trabalho, o assédio e a intimidação, são responsáveis por 18% dos problemas de saúde associados ao trabalho, uma quarta parte dos quais implica em duas semanas ou mais de ausência laboral”.
Levando em conta que até pouco tempo atrás, o trabalho não era considerado como “um agente etiológico digno de nota e, portanto, não incluído como variável dependente na hora de fazer as contas”, percebe-se a escasses quanto aos dados estatísticos disponíveis em saúde mental, pois os existentes e como se não levassem em consideração o trabalho e a situação do trabalhador; e os existentes por incrível que pareça, os resultados existentes são preocupantes, pois a incidência do estresse mental no trabalho, em países como os