Artigo Dolar
Em tempos de crise econômica nos países da zona do euro, de uma possível desaceleração da China e memórias recentes da crise americana do sub-prime – 2008, os investidores e as empresas brasileiras estão cada vez mais preocupados com a oscilação do dólar frente ao real. Não é para menos que todo investidor/empresário com um pouco de juízo preocupe-se com os riscos que uma operação contraria a sua possa acontecer. Um revês da economia pode simplesmente arruinar com qualquer um que esteja muito exposto à moeda americana.
O Banco Central do Brasil mostra-se cada vez mais preocupado com estas variações cambiais. Uma baixa da moeda brasileira frente ao dólar, fazendo com que a moeda local se valorize, implica numa série de dificuldades para a importação de equipamentos em geral, principalmente os especializados, o que acarreta inflação nos preços finais das mercadorias. Já uma desvalorização da moeda é ruim para os exportadores de commodities, principal motor da economia brasileira. Isto porque reduz o lucro de quem exporta e dificulta a comercialização de nossos produtos frente à concorrência do mercado internacional.
Por estes motivos, o BC tem interferido nos últimos anos no mercado de cambio, alterando o IOF e atuando no mercado de contratos futuros. Quando o dólar está ao redor dos R$ 1,60, ele compra para ajudar a levantar o preço. Já quando o preço está acima de 2,10, ele atua na venda para ajudar a segurar os preços. “Porém Guilherme, não vivemos em um regime de cambio flutuante? “. A resposta é sim e não. Note que eu escrevi “ajudar”, e não necessariamente travar os preços nestes patamares. Caso haja muito compradores ou vendedores para moeda dos EUA, os preços podem atingir patamares acima e abaixo dos que mencionei. Isto é o que chamamos de flutuação suja, pois o governo atua através de bancos comerciais para interferir no mercado. Caso não houvesse isso teríamos uma flutuação limpa. Estes patamares de preços foram