Prospectos sobre a descentralização monetária mundial
Benjamin Cohen, professor na Universidade da Califórnia, publicou em 2009 o texto “Towards a Leaderless Currency System”, no qual ele analisa a economia mundial atual, apontando para a descentralização monetária, hoje centralizada no dólar, e faz previsões para o novo cenário mundial, avaliando também outras moedas com potencial para prosceder o lugar do dólar como moeda dominante, como o Euro, o Yuan e o Yen.
De acordo com o autor, a posição global do dólar tem sido enfraquecida, uma vez que o os Estados Unidos mantém um débito persistente e crescente. Cohen começa comparando o período atual com o período entre guerras, em que a libra esterlina estava em declínio e o dólar na sua ascensão, mas não havia hegemonia clara de qualquer moeda. Tal falta de líder monetária também teria sido um fator determinante para a Grande Depressão e, portanto, o impacto hoje, com a fragmentação do sistema financeiro e a regionalização das áreas de influência de algumas moedas fortes, também pode ser considerável.
O autor entende que o acúmulo da dívida externa americana pode comprometer vantagens históricas e possibilitar a expansão de outras moedas. Entretanto, o autor é cético em relação à capacidade que outras moedas, como o Yen, o Yuan e o Euro têm de ameaçar a hegemonia do dólar.
O autor mostra em seu artigo as implicações de ter um sistemas fragmentado. Essse novo quadro irá acirrar os quadros de rivalidade no Oriente Médio, onde Dólar e Euro disputam supremacia, e na Ásia, onde Yen e Yuan se rivalizam de modo similar.
Liderança monetária é entendida como uma disputa que envolve restrições econômicas e incentivos. É primordialmente uma questão econômica em que tomadores de decisão entram como maximizadores dos incentivos para adesão de moedas alternativas ao dólar.
Cohen parte de quatro pressupostos para efetuar sua análise. O primeiro é que para atores do comércio internacional a escolha da moeda é modelada a