artigo de kant
RAZÃO E MORAL EM KANT
Hildemar de Araújo Bezerra*
Resumo
Sob a ótica da Filosofia Moral de Kant, esse texto tem como objetivo responder (ou refletir sobre) a seguinte pergunta: por que devemos ser morais? Trata-se de apresentar a Moral como uma exigência da faculdade prática da razão e como fazendo parte da natureza humana. Neste sentido, como se verá, agir moralmente é agir de acordo com nossa natureza racional. Tendo em vista isso, o esforço filosófico kantiano será o de mostrar como a moralidade é derivada da razão, se apresentando como uma obrigação ou um DEVER para todo ser dotado de razão, ou pelo menos, àqueles que ajam de acordo com sua natureza racional.
Palavras-chave: Kant. Moral. Dever. Razão.
Abstract
From the perspective of moral philosophy of Kant, this paper aims to answer (or reflect on) the following question: Why should we be moral? It is about present as a requirement of
Moral practical faculty of reason and as a part of human nature. In this sense, as we shall see, act morally is to act according to our rational nature. In view of this, the Kantian philosophical endeavor will be to show how morality is derived from reason, presenting as an obligation or a MUST for all beings endowed with reason, or at least those who act according to his rational nature.
Key words: Kant. Moral. Must. Reason.
Na conclusão de sua Crítica da Razão Prática, Kant, num tom poético-racional afirma: “Duas coisas enchem o ânimo de crescente admiração e respeito: por sobre mim o céu estrelado; em mim a lei moral”1. Como se pode ver aqui, uma certeza de ordem natural é tão compatível quanto à lei moral interior ao homem, mas, de onde vem esta moralidade intrínseca? De onde vem a exigência da moralidade? Em suma, qual a justificação da moral?
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Mestre em Filosofia e Professor do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do
Norte. E-mail: hildemar.araujo@ifrn.edu.br. CV: http://lattes.cnpq.br/4059282740125715
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