Paz Perpétua - Kant (Ensaio)
No primeiro artigo preliminar para a paz perpétua entre os Estados foi defendido por Kant que deve haver transparência no momento de assinar um tratado de paz. E também, a real intensão de por fim em todas as hostilidades e não dar motivos para futuras guerras. Dessa forma Kant diz: “Nenhum tratado de paz deve ser tomando como tal se tiver sido feito com reserva secreta de matéria para uma guerra futura”. (2010, p.14). A posse da terra por meio da força era uma prática muito comum no momento em que Kant vivia na Europa, e julgava essas práticas como imorais para com os direitos humanos. No seu segundo artigo preliminar, Kant argumenta sobre esse assunto dizendo que o Estado não é um patrimônio, portanto ele não pode ser adquirido por outro Estado por via herança, troca, compra ou doação, pois o Estado é formado por uma sociedade de homens, ou seja, há pessoas e somente seu próprio Estado pode ordenar suas vontades. Outro aspecto que Kant menciona como fundamental para a paz perpétua e desenvolve em seu terceiro artigo se trata da constante ameaça que Estados causam aos outros por manterem exércitos permanentemente. Esses exércitos estão sempre em prontidão para alguma eventual situação conflituosa. Esse fato pode gerar um dilema de segurança, que faz que Estados pacíficos se armem a fim de se defender de uma possível guerra ou conflito gerado pela insegurança causada por outros Estados. Essa situação além de gerar muitos custos para o Estado, ainda usa “homens como simples máquinas” (2010, p.16) para defender o seu país, tal fato que não harmoniza o homem com o