Immanuel Kant
Nascido de uma modesta família de artesãos, Immanuel Kant nasceu, viveu e morreu em Königsberg (atual Kaliningrado), na altura pertencente à Prússia. Foi o quarto dos nove filhos de Johann Georg Kant, um artesão fabricante de correias (componente das carroças de então) e da mulher Regina. Nascido numa família protestante (Luterana), teve uma educação austera numa escola pietista, que frequentou graças à intervenção de um pastor. Foi um filósofo prussiano, geralmente considerado como o último grande filósofo dos princípios da era moderna.
Depois de um longo período como professor secundário de geografia, Kant veio a estudar filosofia, física e matemática na Universidade de Königsberg e em 1755 começou a lecionar ensinando Ciências Naturais. Em 1770 foi nomeado professor catedrático da Universidade de Königsberg, cidade da qual nunca saiu, levando uma vida monotonamente pontual e só dedicada aos estudos filosóficos. Realizou numerosos trabalhos sobre ciência, física, matemática, etc.
Kant é famoso, sobretudo pela elaboração do denominado idealismo transcendental, que diz que os fenômenos da realidade objetiva, por serem incapazes de se mostrar aos homens exatamente tais como são, não aparecem como coisas-em-si, mas como representações subjetivas construídas pelas faculdades humanas de cognição.
Crítica da razão pura
O livro mais lido e mais influente de Kant é a Crítica da Razão Pura (1781). De acordo com Kant, a obra, também conhecida como "primeira crítica", é resultado de o seu despertar do sono dogmático e dá início ao chamado idealismo alemão. Kant se perguntou como são possíveis juízos sintéticos a priori? Para responder a essa pergunta, Kant escreveu esse livro, de mais de 800 páginas. Na primeira crítica, Kant mostra que tempo e espaço são formas fundamentais de percepção (formas da sensibilidade) que existem como ferramentas da mente, mas que só podem ser usadas na experiência. Neste livro Kant tenta responder a primeira das três