ARTIGO 1
VIOLÊNCIA FÍSICA DOMÉSTICA E GESTAÇÃO: RESULTADOS DE UM INQUÉRITO NO PUERPÉRIO
De acordo com OMS pelo menos um quinto da população feminina mundial já tenha sofrido algum tipo de violência física ou sexual em algum momento de suas vidas.
Segundo a Assembleia Geral das Nações Unidas, violência contra mulher é qualquer ato que resulte ou tenha probabilidade de resultar, em prejuízo físico, sexual ou psicológico ou ainda sofrimento.
Violência doméstica é aquela praticada em ambiente familiar, geralmente por seu parceiro íntimo.
Segundo estimativas do Banco Mundial, uma mulher tem mais chances de ser espancada, violentada ou assassinada pelo seu parceiro atual ou anterior que por uma pessoa desconhecida.
Estudos apontam gravidez como um fator de risco para a violência doméstica, embora não sejam dados conclusivos.
Abortos, queixas ginecológicas, nascimento prematuro, depressão, tentativa de suicido, ansiedade e uso de drogas podem ser consequências de violência doméstica. Identificação das vitimas e compreensão de fatores de risco associados, auxiliam nas medidas de intervenção.
Medidas de intervenção→ promovem prevenção e minimização dos agravos da violência.
Segundo um estudo descritivo realizado com 420 mulheres no Centro de Atenção a Mulher, em Recife, as formas de agressão mais frequentes durante o período de gestação são: empurrões, tapas e manchas roxas.
Bofetadas, murros e perfurações também foram citados.
Analisando os fatores de riscos observou-se um discreto aumento entre adolescentes, níveis baixos de escolaridade e tabagistas.
Histórico familiar de violência também teve significância, onde o risco é considerado três vezes maior.
Embriaguez considerado um fator de risco.
Segundo resultados do estudo prevalência de violência física antes da gestação foi de 13%, durante a gestação de 7,4 %. Cerca de 44% das vítimas referiram que a violência cessou, e 27% afirmaram diminuição. 18% informaram padrão inalterado enquanto 10,9% aumento da violência