Arte na guerra
O historiador é como um detetive do passado que tem uma busca incessante por pistas que o aproxime de uma resposta para suas indagações. O historiador deve ir atrás de fontes históricas que muitas vezes pedem ser escritas ou pintadas e até mesmo esculpidas. Algumas dessas fontes muitas das vezes não tiveram sua origem para servir de testemunha do passado, mas não é por isso que se deve desconsiderá-las. O historiador deve tomar cuidado com as verdades absolutas, pois o mesmo fato pode ser interpretado de várias maneiras, de acordo com o interesse de quem narrou tal fato ou até mesmo de quem leu. O conhecimento histórico se estrutura numa constante indagação a essas fontes. Ele deve evitar o anacronismo: nunca julgar o passado de acordo com os pensamentos do presente, pois cada época possui a sua ideologia.
A História como uma ciência do presente
Durante uma aula de História é bastante comum ouvir os alunos reclamando sobre qual a função que coisas que já aconteceram teriam em nosso cotidiano. Mesmo sendo desconcertante e, algumas vezes, depreciativa, a questão deve ser problematizada pelo professor em sala de aula. Afinal, enquanto mediador do campo de conhecimento em questão, o professor de História é a figura que tem a habilitação e o dever de demonstrar o valor dos saberes que ele repassa diariamente.
Para discutir tal assunto, o professor pode iniciar um debate falando sobre como o valor das informações influenciam na compreensão de um determinado acontecimento. Tomando um exemplo bastante simples, como uma contenda entre duas pessoas ou um acidente de trânsito, o professor pode demonstrar que, mesmo quando duas pessoas presenciam um mesmo fato, a forma de se repassar aquilo que aconteceu pode variar bastante.
Contudo, qual seria a relação de tal fato com a compreensão da História? Percebendo que as formas de se narrar um fato corriqueiro variam, o professor tem chances de apontar