Assassinos da graça
Fonte: www.olharreformado.com
Marcelo Lemos
“Irmão, o que você acha sobre mulheres usando joias, e outros apetrechos?” - Leitor
“Daí lhe perguntei: De quem és filha? Ela respondeu: Filha de Betuel, filho de Naor e Milca. Então lhe pus o pendente no nariz e as pulseiras nas mãos” (Gn 24:47).
“Como pendentes e jóias de ouro puro, assim é o sábio repreensor para o ouvido atento” (Pv 25:12).
“Coloquei-te um pendente no nariz, arrecadas nas orelhas, e linda coroa na cabeça” (Ez 16:12).
Antes de responder a pergunta do nosso leitor quero registrar o testemunho de renomado pastor assembleiano.
“Há algumas questões que devem ser levantadas quanto à leitura que se faz do comportamento dos judeus. Se a Bíblia descreve a rica cultura dos judeus sem qualquer censura, a pergunta deve ser feita sem medo. De onde vêm os sermões bombásticos condenando os adornos como vaidade? Se não vêm do coração de Deus, brota de uma fraca percepção de que a Bíblia não é um livro de codificação doutrinária, mas a história de um povo.
Não desejamos imitar o povo judeu no Antigo Testamento nem os primeiros cristãos do Novo Testamento. Isso nos seria impossível. Eles viveram realidades diferentes em um tempo muito longínquo do nosso. Não desejamos que os nossos pastores usem turbantes na cabeça, que se pague um dote aos pais das noivas, ou que os cunhados se casem com as viúvas de seus irmãos.
Na verdade, há uma inconsistência enorme quando tentamos buscar um versículo de Deuteronômio que nos ensine como as mulheres devem se trajar.
Como todos os outros textos que falam de nosso comportamento são
desprezados, fica-se com a estranha sensação de que aquele texto foi pinçado apenas para satisfazer uma doutrina de homens.
A primeira vez que visitei Israel, tive o cuidado de ir a uma loja de suvenir e comprar um kippar; aquele pequeno disco de pano que os judeus usam para cobrir a coroa da cabeça. Como tenho poucos cabelos, precisei de um bom