aristoteles e a justiça
No período Clássico (Grécia Antiga), pode-se dizer que Sócrates formulou problemas (ironia), Platão arquitetou (ideal) e Aristóteles dedicou-se à aplicação da Ética e da Justiça a partir do possível, ou seja, do prático
Para Aristóteles, o justo nos faz viver conforme as leis e a equidade.
O injusto nos leva à ilegalidade e à desigualdade.
Justo é tudo aquilo que é capaz de criar ou salvaguardar, em sua totalidade ou em parte, a felicidade individual e comunitária.
Noutras palavras, a Justiça é, em si mesma, a felicidade individual e comunitária. Ela não é meio e, sim, um fim. A felicidade, como condição de vida, apenas decorre de um viver justo, independentemente das circunstâncias.
A lei prescreve, inclusive, a cada pessoa, portar-se de forma valente e forte.
Prescreve a sociabilidade: manda, por exemplo, não agredir nem falar mal de ninguém.
A Justiça, assim entendida, é uma virtude completa.
Conforme palavras de Aristóteles:
"Essa forma de Justiça é, portanto, uma virtude completa, não em sentido absoluto, mas nas nossas relações com os outros. É por isso que muitas vezes a Justiça é considerada como virtude mais perfeita e nem a estrela vespertina e nem a estrela matutina são mais admiradas que ela”
E, por essa mesma razão, empregamos comumente esse provérbio: na Justiça, estão contidas as demais virtudes.
Assim, ideia de Justiça, em Aristóteles, a partir da Ética a Nicômaco (Livro V), está centrada nas virtudes.
Porém, Aristóteles trata a Justiça, dividindo-a em Geral e Especial.
A justiça, como VIRTUDE GERAL, também chamada LEGAL, segundo Aristóteles:
“Em geral, a maioria das disposições legais estão