Areas rurais
AS ÁREAS RURAIS EM MUDANÇA
A AGRICULTURA EM PORTUGAL
O peso da agricultura tem vindo a diminuir face a outros ramos de actividade. Portugal segue assim a tendência da União Europeia. Este fenómeno deve-se fundamentalmente ao grande crescimento e desenvolvimento das actividades dos sectores secundário e terciário, principalmente o último. No entanto, embora a importância da agricultura para a economia nacional tenha vindo a decrescer, esta ainda é mais elevada do que a média da Europa. Este cenário também se verifica na mão-de-obra empregue pela agricultura: existe uma diminuição, mas o total de activos ainda é superior à média europeia. O excesso de mão-de-obra revela um atraso em Portugal, nomeadamente em relação à falta de mecanização da agricultura. Apesar de ter cada vez menos expressão na economia portuguesa, a sua importância é indiscutível a nível local. Além de ainda ser uma actividade económica geradora de emprego, algumas regiões do país têm na agricultura a sua base económica. Também contribui para a preservação das paisagens e ocupação dos espaços, impedindo que sejam deixados ao abandono.
AS REGIÕES AGRÁRIAS
Até 2006, utilizou-se uma divisão territorial em regiões agrárias, que se efectuava tendo em conta as suas características naturais (clima e relevo), a estrutura fundiária das explorações agrícolas (o seu tamanho) e os seus sistemas de cultura dominantes. Actualmente, devido a uma reestruturação da administração pública em 2007, as regiões agrárias passaram a coincidir com as NUT II (Norte, Centro, Lisboa, Alentejo e Algarve). De qualquer forma, continuam-se a estudar as regiões agrárias anteriores, devido à abundância de dados estatísticos disponíveis. Existem 9 regiões agrárias, sete no continente e duas regiões autónomas. São elas, começando no norte litoral: Entre Douro e Minho, Trás-os-Montes, Beira Litoral, Beira Interior, Ribatejo e Oeste, Alentejo, Algarve, Região Autónoma dos Açores e Região Autónoma da Madeira.