Arbitragem
(*)Autor: Prof. Dr. Lucas Kouji Kinpara, adaptado pela Profa. Dra. Marilda Watanabe
CAPÍTULO I EVOLUÇÃO HISTÓRICA DA ARBITRAGEM
1. O ser humano na sociedade e o direito
Após o seu nascimento, o ser humano sofre constantes ameaças em sua vida. Tratam-se de perigos dos mais variados tipos: desde aqueles capazes de decretar o fim da sua existência, como, por exemplo, a ocorrência de terremotos, furacões, tempestades ou inundações, até os que, embora desprovidos da mesma capacidade lesiva, constituem obstáculos ao pleno desenvolvimento de suas potencialidades.
Terremoto no Haiti
Foto por Juan Barreto/AFP
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No entanto, os homens por serem dotados de racionalidade, fato que os distingue das demais espécies animais, conseguiram encontrar, até os dias atuais, meios concretos para defender a sua existência em face das agressões advindas da
natureza e também daquelas provenientes de outros seres humanos. Assim, asseguraram condições cada vez mais propícias para o seu pleno desenvolvimento.
Destarte, sob o império da razão, desenvolveram-se a ciência e a
tecnologia. Foi através delas que o homem pôde identificar e combater as constantes ameaças provenientes do meio-ambiente http://tinyurl.com/6ytamv9 (vírus,
bactérias,
inundações, tempestades, incêndios, terremotos, animais predadores, além de inúmeras outras).
Todavia, como já referido, os riscos não residem apenas na natureza. Os próprios seres humanos, não raras vezes, representam grande perigo aos seus semelhantes. Citando Erasmo de Roterdann, na sua eternizada obra Elogio da Loucura: “Quem poderia descrever a infinita série de males que o homem causa ao homem, como sejam a pobreza, a prisão, a desonra, os tormentos, a inveja, as traições, as injustiças, os conflitos, as fraudes etc ?”.
Coube às ciências humanas, especialmente através do direito, estabelecer um controle às agressões perpetradas pelos