Aquisição da língua escrita abaurre
1. Maria Bernadete Marques Abaurre, do Instituto de Estudos da Linguagem da UNICAMP, investiga os casos tomados como “exceção” nos estudos quantitativos referentes à aquisição da linguagem, ou seja, aqueles singulares, episódicos e idiossincráticos.
Tema: A relevância Teórica dos Dados Singulares para a Aquisição da Linguagem Escrita.
Tema: Subjetividade, Alteridade e Construção do Estilo.
Tema: Relação entre Estilos dos Gêneros e Estilos Individuais.
2. A linguagem vista como lugar de interação humana. Tomada como atividade, a linguagem constitui os pólos da subjetividade e da alteridade e é também constantemente modificada pelo sujeito que sobre ela atua.
Franchi: A linguagem é ela mesma um trabalho pelo qual, histórica, social e culturalmente, o homem organiza e dá forma a suas experiências. Nela se produz, do modo mais admirável, o processo dialético entre o que resulta da interação e o que resulta da atividade do sujeito na constituição dos sistemas lingüísticos, as línguas naturais de que nos servimos.”
É nessa interação social que o sujeito se apropria do sistema lingüístico, no sentido de que constrói, com os outros, os objetos lingüísticos de que se vai utilizar.
Esta concepção da linguagem permite-nos voltar a atenção para os sujeitos reais e suas histórias individuais de relação com a linguagem.
Não só os papéis que Sujeito e Outro representam são importantes. Aqui, a autora dá relevância para os indivíduos que preenchem esses papeis, em situações reais de interlocução.
Ginzburg afirma a relevância de estudos voltados ao detalhe, episódico, resíduo corrente desde o final do século XIX nas Ciências Humanas. No entanto, não havia a preocupação com a definição de um paradigma coerente com esses pressupostos.
Esse paradigma, chamado de “indiciário” por Ginzburg, assume como pressuposto que dado que A REALIDADE É OPACA, deve-se contar com dados