Aqui Favela O Rap Representa Resenha
O jovem brasileiro da atualidade se encontra numa posição um tanto quanto marginalizada e desprotegida e carregando consigo um fardo que às vezes é muito maior do que ele mesmo pode lidar. Destacando o jovem das comunidades carentes como o principal alvo das questões sociais, o documentário “Aqui favela, O Rap Representa”, dirigido por Junia Torres e Rodrigo Siqueira mostra o lado desses jovens que desde cedo precisam lidar com a vida à mercê do crime e da violência, mas buscando uma forma alternativa através da música e da arte de rua para se expressarem na sociedade.
O documentário ilustra bem a realidade do jovem que vive nas comunidades carentes, e que desde cedo já se vê envolvido com uma gama de mazelas que o rodeia. No Morro do Papagaio, em Belo Horizonte, um dos entrevistados conta que seus familiares e amigos foram levados pelo crime, mas ele não deixou se influenciar, apesar das condições precárias que sua família se encontrava. Logo, ele teve que abandonar os estudos cedo e ingressar no mercado de trabalho – na maior parte informal – para ajudar as suprir as necessidades da casa. Este cenário é bem comum atualmente. Por falta de oportunidades, jovens como esse acabam por optar pelo mundo do crime por ser, digamos, o de acesso mais fácil.
Mas assim mesmo, com todo esse cenário de dificuldades, o jovem ainda consegue encontrar na música uma forma de mostrar que ele também existe e que seu lugar não é só onde a visão do senso comum impõe. Através do rap, eles fazem críticas à sociedade, reforçam a representatividade racial (pois grande parte da população da periferia é negra), expõem a violência sofrida nas ruas. Tudo através da arte da rima e outras mais alternativas como o grafite, o Hip Hop, etc. Isso é extrema importância, pois ao promoverem esse tipo de atividade eles estão promovendo também uma inclusão de outros jovens que poderiam estar praticando algum tipo de ato infracional. Muitos desses jovens fazem do rap uma