Aproveitamento integral dos alimentos

APROVEITAMENTO INTEGRAL DOS ALIMENTOS. DAYANE CAMPOS SEZERINO; NATÁLIA GOMES DA SILVA; RIMA ADNANE NAHIM KLEIT.

1. INTRODUÇÃO Alimentação é a base da vida e dela depende o estado de saúde do ser humano. O desconhecimento dos princípios nutritivos do alimento, bem como o seu não aproveitamento, ocasiona o desperdício de toneladas de recursos alimentares. No Brasil, por se ter disponibilidade de recursos, o desperdício tornou-se parte da nossa cultura. Por dia, 39 mil toneladas de alimentos são jogadas fora, o suficiente para alimentar 19 milhões de pessoas com café da manhã, almoço e jantar. Para se ter uma idéia, 60% do lixo da cidade de São Paulo é orgânico, isto é, restos de alimentos. Por ano, uma pessoa consome algo em torno de 35 quilos de legumes e verduras e joga fora a mesma quantidade. Essas toneladas perdidas seriam suficientes para diminuir a fome de parte da população carente. Além disso, joga-se fora material reciclável em excesso, e como conseqüência do ciclo, são despejados na natureza 125 mil toneladas de rejeitos orgânicos e materiais recicláveis por dia, segundo o IBGE (2006). Esses rejeitos orgânicos ficam perdidos pela população tanto pela desinformação da caracterização química dos vegetais quanto pelo desconhecimento em se controlar os fatores físicos e químicos que afetam a vida útil desses vegetais após a colheita. Aproximadamente 64% do que se planta no Brasil é perdido ao longo da cadeia produtiva: 20% na colheita, 8% no transporte e armazenamento, 15% na indústria de processamento, 1% no varejo e 20% no processamento culinário e hábitos alimentares, segundo o “Caderno temático ‘A nutrição e o consumo consciente’ do Instituto Akatu (2003)”. Ou seja, o desperdício é um sério problema a ser resolvido na produção, distribuição, armazenamento e preparo de alimentos. Uma pesquisa realizada na Internet, também pelo Instituto Akatu pelo Consumo Consciente, mostra que o uso integral dos alimentos ainda está