APRECIA O

APRECIAÇÃO SOBRE
“UM DISCURSO SOBRE AS CIÊNCIAS NA TRANSIÇÃO PARA UMA CIÊNCIA PÓS-MODERNA”

Boaventura começa abordando uma breve análise dos modelos políticos sociais que perduram até os tempos atuais. Questiona como é possível ainda vivermos resquícios de um pensamento de cientistas de outros séculos. Porque em pleno século XX, ainda vivemos modelos de uma sociedade tão ultrapassada e que sequer chegou o século XXI e já há temor que ele acabe antes de chegar. Que a modernidade é um momento histórico que sucedeu o período Medieval, nela houve uma ruptura de que o saber era alicerçado tão somente pelo divino e pela fé. Logo, o conhecimento passa a ser baseado na ciência, na matemática e na razão. Isso é provocado por meios de descobertas científicas, então, os fenômenos sobrenaturais, a igreja e a fé já não são mais os detentores dos saberes. A verdade passa a ser buscada cientificamente, com isso nasce o período Moderno; estudos baseiam-se na razão, na lógica e na Matemática. Esse pensamento racional atravessa os mares e passa a ser considerada no mundo, porém, torna-se totalitário, não respeitando as sabedorias passadas. Tudo é tão lógico e racional que as Ciências Sociais passam a ter seus estudos baseados nesta mesma estrutura de pesquisa, e não como ser humano único, com ponto de vista pessoal e influenciados por fatos históricos, modos de vida e influências do meio. Com isso as Ciências Sociais não obtém o devido valor das demais ciências. Ora, se estamos falando de sociedade, de paradigma moderno e pós-moderno, como excluir a importância desta ciência ou tratá-la tão somente matematicamente?! Somos somente números e um contingente quantitativo?!
Vê-se que a modernidade não tomou o caminho do entendimento social necessário para a melhora da economia, política e bem comum da sociedade, mas um caminho onde a burguesia tomava o poder, as máquinas o lugar das pessoas. O capitalismo neste momento já existe, o consumismo, o crescimento global e comercial, as