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O Amor é outra coisa é o décimo romance de Margarida Rebelo Pinto. Que tem alcançado um enorme êxito, tendo sido já traduzido em várias línguas. Este livro enquadra-se bem no perfil de romance, não só pela sua extensão e enredo, como também pela sua elaboração. Onde predomina uma escrita sincera e comovente.
Trata-se de uma carta que foi escrita pela protagonista para a sua irmã, Alice, que vivia em Milão com os seus dois filhos, Alessandro e Bianca, e com o seu marido, Piero, mas que morrera devido a um cancro maligno. Ao escrever a carta, a protagonista, relata a sua história de amor, com Diogo. Para melhor ênfase, a autora intercala na narrativa uma fábula protagonizada por uma cegonha, Adelaide, e por um urso, Simão. Uma fábula empolgante e doce, onde a paixão não podia ficar de fora. Uma acção tocante com que nos identificamos e nos entusiasmos. Escrito a pensar em todas as mulheres que não desistem de amar e para todos os homens que têm medo de se entregar. Em que dúvidas, medos e inseguranças deitam tudo a perder. Contando com tanto de alegria quanto de dor, e tristeza quanto de esperança. Prova disso são as inúmeras críticas que chegam de todos os lados. Porém a mais relevante é a autocrítica a esta obra feita pela própria escritora: “Aprendi muito sobre mim e sobre os outros enquanto escrevia este livro. Com ele percebi que apesar de não estar nas nossas mãos mudarmos a natureza das pessoas, o mais importante é não desistir daquilo em que acreditamos.” Não é apenas a relação da cegonha Adelaide e do urso Simão que não resultou. Existem mais histórias paralelas nesta obra. Como a história de amor dramaticamente interrompida dos pequenos Alessandro e Bianca que ficam órfãos de mãe e da protagonista que perde a sua única irmã. O título O amor é outra coisa escolhido por Margarida Rebelo Pinto assiste que somos sempre na vida dos outros mais do que imaginamos. O amor não se aprende, tem de ser