Contexto histórico da sociologia
Ant´nio Coutinho, Carlos Baquero, Francisco Moura, Victor Fonte o
Grupo de Sistemas Distribu´ ıdos http://gsd.di.uminho.pt/
Departamento de Inform´tica, Universidade do Minho a
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Introdu¸˜o ca
Uma das quest˜es mais inquietantes que se poo dem colocar a qualquer classe profissional ´ a da e sua pr´pria relevˆncia. Apesar de poder parecer um o a contra-senso, esta inquieta¸ao faz sentido no campo c˜ da Engenharia Inform´tica, em particular no caso do a software. Neste contexto, o maior factor de irrelevˆncia a dos engenheiros ´ o progressivo desaparecimento das e oportunidades para a sua interven¸ao. Isto resulta de c˜ uma transferˆncia da sua capacidade decis´ria sobre e o o funcionamento dos sistemas e aplica¸˜es em favor co das grandes companhias mundiais que produzem o software e em detrimento dos utilizadores, incluindo os que contratariam engenheiros. Temos assistido nos ultimos anos a um nivelamen´ to por baixo da interac¸˜o entre os utilizadores e o ca software, em que a estes ´ cada vez menos dada pose sibilidade de escolha, em troca de uma aparente simplicidade. Tudo funciona bem apenas se se seguir o caminho recomendado pelo fabricante. Esta tendˆncia seria ainda minimizada se o come portamento do software fosse planeado atendendo apenas a quest˜es t´cnicas. Acontece por´m que na o e e maior parte das vezes esse planeamento obedece mais a imperativos de marketing ou dom´ ınio de mercado do que a considera¸˜es sobre as reais necessidades co dos utilizadores. H´ at´ um caso c´lebre em que a e e uma empresa alterou as caracter´ ısticas de um produto seu, supostamente por motivos t´cnicos e para e favorecer os utilizadores. Uma recente conclus˜o jua dicial1 demonstrou que essas estrat´gias consubstane ciaram pr´ticas anti-competitivas que pouco tˆm a a e ver com o interesse dos consumidores. Outro tipo de limita¸ao t´cnica motivada por impec˜ e rativos comerciais ´ o uso de protocolos e