Intertextualidade
(In: Paulino, Graça. WALTY, Ivete. (Orgs) Teoria da Literatura na escola. Belo Horizonte: s/e, 1992, pp. 28-35)
Autor: Nancy Maria Mendes
Resumo Escolar Acadêmico
Nancy Maria Mendes aborda o tema Intertextualidade e mostra que a individualidade de uma pessoa se forma através de influências de um contexto sócio-cultural. “Tudo que vimos, ouvimos ou lemos está incorporado naquilo que há de mais peculiar em nós, em nossa identidade”, ou seja, a identidade de um indivíduo vai-se delineando graças à interferência de outras pessoas, sendo nosso “eu” constituído por vários outros “eus”.
Segundo Mendes, o termo começou a ser usado na década de Sessenta por Júlia Kristeva uma Crítica Literária Francesa. Ela ainda cita Laurent Jenny, em artigo publicado na revista francesa Poétique, onde aponta a relação de uma obra com outras do mesmo gênero como um aspecto da intertextualidade, rompendo com modelos até então seguidos e dá como Exemplo a poesia moderna. Diz ainda ser um trabalho intertextual a que se chama de verbalização, que seria um sistema não verbal para verbal, dando como exemplo: quadro de pintura.
Segundo a autora textos do mesmo gênero ou gêneros diferentes é chamado de Intertextualidade, com isso aparecem diversas modalidades de manifestação intertextuais como: epígrafe e citações, alusão, reminiscência, paráfrase, paródia, versões ou traduções. Com isso, a autora conclui “que alunos desde o primeiro grau de riqueza existente nos textos representada pela presença evidente, ou mais ou menos oculta de outros textos, gera a possibilidade de muitas reflexões e de um bom encaminhamento para a produção de textos por eles próprios”.
Lucimara Rodrigues dos