Análise Reflexiva sobre a Cidadania no Brasil
Em cada local, em cada momento da história, a depender da relação entre Estado e cidadão ,o conceito de cidadania possui um significado próprio e características peculiares. Assim, a cidadania é uma construção social e histórica.
Durante toda a antiguidade e boa parte da Idade Média, não se pode falar numa cidadania plena, visto que o indivíduo tinha mais deveres para com a sociedade do que direitos a serem garantidos.Além disso,mulheres,trabalhadores e as camadas sociais mais pobres eram excluídos da cidadania.
O marco no desenvolvimento da cidadania brasileira foi o movimento revolucionário de 1930, que corresponde à única tentativa de manifestação popular ativa, organizada e de amplitude nacional da história do Brasil. Nesse período, multiplicaram-se os sindicatos e os partidos políticos, e o cenário político brasileiro atingia vários grupos sociais, como operários, classe média, militares, industriais e oligarquias dissidentes.Dessa forma,a cidadania não estava mais restrita a uma pequena parcela da sociedade como na antiguidade,mas começava a atingir também as massas,representando assim uma maior ampliação na noção de cidadania.
Em 1988 foi elaborada a mais avançada carta constitucional da história brasileira no que se refere ao reconhecimento e garantia dos direitos de cidadania, uma Constituição Cidadã.A Constituição de 1988 é chamada de Constituição Cidadã por seus avanços no direito do cidadão. De lá pra cá os direitos civis e políticos adquiriram uma amplitude nunca antes atingida, no entanto, a efetivação dos direitos sociais permaneceu num mar de incertezas, deixando à cidadania plena no Brasil um conjunto problemático de obstáculos a serem superados.
A cidadania é o oposto de exclusão.Cidadão é aquele que tem acesso aos bens de direito,acesso a uma renda adequada e desfruta de um padrão de vida digno.Quando existe a ausência do acesso aos bens necessários pra que se tenha uma vida digna,pode-se dizer