Análise filme O Labirinto do Fauno
A menina certo dia descobre uma trilha subterrânea e embarca numa grande aventura. Encontra com um fauno, uma criatura híbrida e descobre que é uma princesa e que tem que cumprir certas tarefas para voltar ao seu reino subterrâneo. Trata-se basicamente de um reino mítico de imaginação e sonho que serve como refúgio para uma garota que ainda acha que tudo seja possível, que se encontra protegida e que tem que lidar com a vida amarga dos adultos e para ela talvez a melhor maneira de escapar da realidade seja criando um mundo de fantasia. O filme se passa na Espanha em 1944. Oficialmente a Guerra Civil já terminou, mas um grupo da resistência republicana ainda atuava nas montanhas da região ao norte de Navarra. Daí a ligação do filme com a Guerra Civil espanhola, pois aborda esse período histórico com o padrasto de Ofélia que era um oficial do Exército Espanhol. Há uma cena interessante onde uma guerrilheira do mundo mágico, aliada de Ofélia está disfarçada de empregada mas quando é descoberta foi levada para a sala de tortura com o capitão e com a faca de sua própria cozinha ela rasga a face do capitão e consegue fugir. De todos que passaram foi a única capaz de fugir e o fato dela ser empregada da casa e utilizar o próprio instrumento de trabalho é brilhante, pois trata a luta pela liberdade, a luta pelo socialismo, a própria dos debates do momento. Além de representar a força feminina na Guerra civil.