Análise do filme "labirinto do fauno"

Análise do filme: O labirinto do Fauno

O Labirinto do Fauno se passa no ano de 1944, um ano antes do fim da Segunda Grande Guerra e cinco após o término da Guerra Civil. Conta a fábula de uma menina de 13 anos, chamada Ofélia, fugindo da dura realidade que arrasa sua infância recorre a sua imaginação e se transporta ao mundo dos contos de fada. Nesse mundo é uma princesa com a missão de retornar ao seu reino e governá-lo ao lado de seu pai (falecido no início da Guerra Civil). Junto à mãe, Carmen, que se encontra em um delicado estado de saúde devido a sua avançada gestação, Ofélia viaja até uma pequena vila na qual se encontra o capitão Vidal, um capitão da Guarda Civil, e seu padrasto.

A protagonista é a menina Ofélia e, como foi dito, tem 13 anos. Sendo assim, teria nascido em 1931 – ano da proclamação da Segunda República.
Ao longo do filme, a jovem mostra-se fortemente ligada à mãe e está sempre contestando o padrasto.
Simpática à governanta do casarão (Mercedes) e avessa às normas rígidas do vilarejo, Ofélia representa uma forma de governo popular e livre. É a única personagem do mundo “real” que interage com os seres mágicos – o que pode ser interpretado como uma celebração à imaginação.
Carmem, a mãe da menina, é representada como uma mulher fraca e impotente. Não possui vontade própria e aceita submeter-se às ordens de seu marido para proteger seu filho, ainda no ventre. Pode-se relacionar a personagem com a figura da Espanha – um país economicamente debilitado e sujeito às vontades de um ditador. Casou-se pela segunda vez para poder sustentar os filhos, como aconteceu com muitas mulheres que ficaram viúvas durante a guerra.
O capitão Vidal é o comandante do destacamento do velho moinho, além de ser o poder máximo da região. Em uma esfera menor, representa a ditadura franquista e a perseguição contra seus opositores. Seu escritório é um misto de engrenagens e papéis, simbolizando a disciplina e a burocracia. O personagem é mostrado como um homem