Analise labirinto fauno
Abaixo está a análise feita pela psicóloga Natália, criadora deste blog junto com o estudante de psicologia Leandro.
O filme nos remete a uma ánalise das relações parentais e as defesas egoicas infantis, a personagem ‘’criou um mundo ‘alternativo’ para suportar as realidades cruéis, ao qual era defrontada á todo momento”.
O padrasto com traços de psicopatas, encobertos em uma postura de ditador, a mãe que não oferecia holding, a continência das angústias de desamparo ao qual Ofélia sentia, simplesmente a explicava que era necessário que aceitasse o capitão como o seu pai.
Não acreditamos que Ofélia seja psicótica, pois suas alucinações foram à única forma de defesa, um refugio em seu mundo de conto de fadas.
Relevante a concretude, no ápice de sua fantasia visualizou seus pais em um reino perfeito e ela reinando como uma princesa absoluta.
O monstro que tinha os olhos nas mãos, é que iria despertar, a qualquer toque a uma mesa lotada de guloseimas, demonstrava a castração de prazer, para personagem não era permitido sentir-se amada e por esse motivo criou um mundo simbólico e alternativo.
Em síntese, o filme nos revela a delicada relação parental, a importância da distinção das defesas e alucinação, Ofélia criou um novo mundo ao qual em sua onipotência ela seria a princesa, em analogia ela pintou o quadro da sua vida ao seu gosto, para se defender de uma realidade cruel ao qual não tinha recursos internos para suportar e se rendeu as fantasias inconscientes projetadas maciçamente em forma de mecanismos de defesa.
Winnicott com muita propriedade foi um