resenha crítica
“A Invenção da Infância”, de Liliana Sulzbach, diretora de documentários como: “O cárcere e a rua (2004)”, “O pulso” e “ O Branco” (2000), nos faz refletir nesse documentário sobre o que é ser criança no mundo contemporâneo.
O filme conta com relatos de mães que tiveram um número grande de filhos e os perderam por diferentes problemas de saúde e condições precárias. Além destes relatos, o curta contou com a participação de crianças classes social diferente. No estado Bahia, crianças como Gilmar, José Mario e Adriano, trabalhadores da pedreira de Santa Luz dizem trabalhar por obrigação de ajudar os pais. Falam com convicção e muita responsabilidade e por isso, se consideram adultos por esses atos. Mas muito deles, mesmo com cansaço e as condições que vivem, encontram tempo e disposição para se dedicarem aos estudos. Com a ideia de ter condições de sair daquele lugar. Em situação e discursos diferentes, crianças como Ana Lívia, Beatriz e Carolina de São Paulo, contam como são suas vidas. Também mantém o discurso de responsabilidade no dia a dia. Porém, dividem seu tempo entre os estudos e atividades que as crianças da Bahia não têm acesso: como aulas de natação, tênis, inglês, vídeo game. Apesar dos relatos serem apenas de dois estados, o documentário soube abordar de acordo com a realidade do país. Que enquanto algumas crianças tem sua infância normalmente, outras a têm interrompida por um amadurecimento forçado, devido a necessidade de trabalhar. As crianças escolhidas para o filme foram de grande importância para o entendimento da mensagem final. Já que mesmo com pouca idade, disseram do assunto com total firmeza. Não se intimidaram diante das câmeras. O que não ficou muito de acordo com o tema a meu ver, foi o depoimento das mães no início. Dizendo sobre mortes de seus filhos. Certo que a morte também é uma forma de interromper a infância, mas para o tema principal do filme, que mostrou a diferença de umas e outras, aquele assunto