Análise documentário ''Janela da Alma''

Trabalho sobre o documentário: "Janela da Alma"

O documentário lançado em 2001, "Janela da Alma", de João Jardim e Walter Carvalho, aborda um tema abstrato e de extrema importância, a visão e suas implicações. Por meio de entrevistas, com uma série artistas, entre os quais estão o músico Hermeto Pascoal, o escritor José Saramago, o cineasta Wim Wenders, e a atriz Marieta Severo, além do político Arnaldo Godoy. O nome do mesmo, não podia ser diferente, aludindo à famosa frase de Leonardo da Vinci: o olho é a janela da alma, o espelho do mundo. No filme, através das entrevistas, percebemos duas opiniões principais acerca da visão: sua importância e suas limitações. É evidente que a visão e uma dos sentidos mais importantes que possuimos, sendo talvez para nós que possuimos plena capacidade visual o mais importante, por utiliza-la constantemente e muitas vezes em detrimento de outros sentidos. Contudo, superado o Antropocentrismo, hoje sabe-se que nossa visão é limitada se comparada aos animais, o que fica claro e brilhantemente ilustrado pela fala do escritor ganhador do prêmio Nobel de literatura, José Saramago. - "Nós não temos os olhos por exemplo, como os tem a águia e o falcão. Nós vivemos dentro de uma possibilidade de ver que é nossa. Que nem vê, supondo que são olhos normais, nem de menos e nem demais. E para tornar isso claro eu digo que se o Romeo, da história, tivesse os olhos de um falcão provavelmente não se apaixonaria pela Julieta. Porque os olhos dele veriam uma pele que é viva e uma pele que provavelmente não seria agradável de ver. Porque a acuidade visual do falcão, cujos os olhos meus não teriam, não mostrariam a pele humana como nós a vemos." (José Saramago)

Curiosamente, contradizendo o que poderia-se pensar ao chegar em tal constatação, o ser humano ao longo do tempo percebeu essa desvantagem, desenvolvendo portanto os outros sentidos e outras faculdades, muitas das quais nenhum animal possui, como por exemplo o