ANÁLISE DOS DOCUMENTÁRIOS: “A Menina Cachorro” e “Janela da Alma”
CURSO DE PSICOLOGIA
ANÁLISE DOS DOCUMENTÁRIOS:
“A Menina Cachorro” e “Janela da Alma”
JANELA DA ALMA
O documentário Janela da Alma, dos diretores brasileiros João Jardim e Walter Carvalho, nos tráz vários depoimentos de pessoas com diversos problemas visuais leves e até a cegueira total. Essas pessoas falam como elas convivem com este problema, como se veem, como veem os outros e as diferentes formas que elas experenciam a visão . O escritor José Saramago diz que “se Romeu tivesse a acuidade visual de um falcão, talvez não se apaixonasse por Julieta”. E acrescenta ainda que “a visão limitada do homem o faz ser como é”. O professor de Literatura Paulo Cezar Lopes fala que “a realidade real não existe, na verdade é sempre um olhar, um olhar condicionado, cada um vê a imagem de um jeito. Cada experiência de olhar é um limite, pois não vemos as coisas como elas são, mas as vemos mediado pela nossa experiência. Manoel Barros, poeta, diz: “Eu não acho que seja pelo olho que entra as minhas percepções, elas não entram, elas aparecem de dentro de mim...” O fotógrafo Eugen Bavcar declara: “Vivemos em um mundo que perdeu a visão. A televisão nos mostra imagens feitas e não sabemos mais vê-las, não vemos mais nada porque perdemos a visão anterior, perdemos o distanciamento. Vivemos em uma cegueira generalizada. O cineasta Win Wender fala dos filmes que assistia em épocas passadas onde era possível ler entre as linhas, entre as imagens, havia espaço entre as tomadas, que podíamos nos projetar para dentro dele. Mas atualmente os filmes são totalmente fechados, enclausurados. Não há espaço para inserir nossos sonhos. Como vimos no documentário, o significado de ver o mundo saturado de imagens nos remete a várias reflexões sobre o que é realidade.