analise critica do filme janela da alma
Análise crítica do filme: “Janela da alma”
O documentário “Janela da alma” nos mostra como cada pessoa tem um jeito diferente de ver, por mais limitações que cada um tenha, seja de uma pessoa míope à uma pessoa totalmente cega.
Normalmente, as pessoas que usam óculos por muito tempo, por algum motivo de visão, sente uma dificuldade quando os tira, mesmo que usem lente de contato, pois passam tanto tempo vendo através dos óculos, vendo limitadamente devido a armação, que quando se vêm livres disso, não conseguem se adaptar devido a quantidade de novas informações.
Neste documentário, também vemos relatos de pessoas que apesar de serem cegas, conseguem perceber detalhes que passam despercebidos pelas pessoas que conseguem ver.
Evgen Bavcar, fotógrafo entrevistado, ficou cego depois de dois acidentes de guerra, ficou surpreso quando descobriu que podia tirar belas fotos. Isso prova que por mais que haja limitações em nossas vidas, ainda podemos fazer coisas que teoricamente seriam impossíveis. Evgen conta que amarrou um sininho em sua sobrinha e tirou fotos seguindo o barulho que ele fazia. Na maioria dos depoimentos que aparecem no documentário, vemos que os cegos não sonham imagens, mas sim com sons e cheiros, ou seja, os outros sentidos que lhe são mais desenvolvidos.
Pelo fato de sermos capazes de ver, somos bombardeados por tanta informação, que não sabemos pra onde olhar, não captamos os detalhes que se ocultam através de tantas coisas. São tantas informações que nos é imposta que deixamos de ver a essência das coisas.
Na verdade, a cegueira pode ser considerada uma metáfora do homem moderno que está em crise, que não vê nem repara, nem absorve, apenas vive a deriva dos acontecimentos. Nos cegamos para o mundo, metaforicamente, para não vermos o que nos desagrada no mundo.
Então ao assistirmos ao este documentário, vemos que isso é mais do que uma coletânea de depoimentos aleatórios, que foram reunidos