Artes
Há quem acredite que a visão se limita a tudo que enxergamos e há, também, quem acredite que a visão é apenas detalhe. A percepção do mundo não é necessariamente percebida apenas pelos olhos. Se enxerga também pela sensibilidade, pelas emoções e pela capacidade, que todos temos, de enxergar além do que se vê. Como prova desse argumento, temos os deficientes visuais. Mesmo sem verem as pessoas, as luzes, os dias e as formas; sabem diferenciar as pessoas com quem se relacionam, sabem chegar certamente aos lugares que desejam, sabem distinguir quando alguém está bem ou está mal emocionalmente e sabem até ter uma certa noção das horas do dia.
A partir do documentário, concluímos que a beleza do mundo e o realmente necessário para vivermos nele é enxergamos com o coração, ao contrário de vermos apenas pelo que as pessoas tem materialmente e pela beleza externa que expõem. Uma frase que se tornou clichê, porém, é muito sábia, é a que encontramos no livro “O Pequeno Príncipe”: “O essencial é invisível aos olhos.’’
Concluindo, Janela da Alma é mais do que uma coletânea de depoimentos pingados, que foram reunidos sem o objetivo de construir uma história. Os relatos foram assim dispostos para nos tocar, e fazer refletir e compreender que podemos ir além do que vemos, que cego não é quem não tem a visão física normal, mas sim quem não quer enxergar por outros olhos.
Análise de “Janela da Alma”
By lulusenra
Janela da Alma
Janela da Alma é um documentário dos realizadores brasileiros João Jardim e Walter Carvalho e marcou a estréia do mesmo na direção cinematográfica. Jardim dirigiu comerciais de alguns dos principais anunciantes do Brasil e fez minissérie para a televisão. Walter, o cineasta de Central do Brasil, vencedor do Urso de Ouro na categoria de melhor filme, é também fotógrafo. Assina a direção de fotografia de vários filmes