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A utilização de Tipos Textuais e de Gêneros Textuais na produção de textos
Entende-se por Gêneros Textuais entidades de natureza sociocultural que materializam a língua em situações comunicativas diversas. É um campo de estudo que tem recebido uma maior atenção nos últimos anos, devido à percepção de sua relevância para o ensino de língua portuguesa e funcionalidade na vida cotidiana, nas incontáveis áreas que esta abrange. O estudo dos gêneros textuais teve maior atenção a partir do trabalho de Mikhail Bakhtin e seu círculo(Entende-se como o círculo de Bakhtin os pesquisadores contemporâneos a ele que desenvolveram com este autor trabalhos e estudos. ) sendo considerado como referência para a pesquisa sobre gêneros até os dias atuais. Antes deste pesquisador, os estudos se concentravam na área da retórica, gramática e literatura sem, no entanto, a devida preocupação com a “natureza lingüística do enunciado” (BAKHTIN, 2000, p.280).
Marcuschi (2005, p.19) aponta os gêneros textuais como “entidades sócio-discursivas e formas de ação social incontornáveis de qualquer situação comunicativa”. Assim, os gêneros surgem como formas da comunicação, atendendo a necessidades de expressão do ser humano, moldados sob influência do contexto histórico e social das diversas esferas da comunicação humana.
Os gêneros textuais são de uma heterogeneidade imensa, variam do simples diálogo informal até as teses de doutorado, por exemplo. De acordo com Marcuschi (2008) não há comunicação que não seja feita através de algum gênero. Nesse sentido, Bakhtin (2000) afirma que os gêneros estão no dia a dia dos sujeitos falantes, os quais possuem um infindável repertório de gêneros, muitas vezes usados inconscientemente. Até nas conversas mais informais, por exemplo, o discurso é moldado pelo gênero.
É por tamanha importância, que os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs) propõem que no ensino de língua portuguesa estejam presentes os gêneros textuais, de maneira que: